5.23.2005

Celebridade

Acabei de encontrar o Carlos Mestieri aqui no café da empresa, não saquei que era ele.

Falei oi, conversamos sobre o tempo, transito, do café sem açucar....

RP famoso tbm é gente...

5.22.2005

Durkheim, Levy e tatuagens

Pensadores disseram que ao vivermos em sociedade desempenhamos determinadas funções as quais ela mesma nos diz qual e nos fiscaliza para certificar que você a está exercendo dentro de suas regras.

Esse dias estava eu desempenhando minha função de funcionária (com todo cuidado, afinal é emprego novo, você quer mostrar que foi uma boa contratação etc, etc..) quando o meu chefe comenta que sabe que eu tenho 2 tatuagens!



Interlúdio: apesar de todo o movimento que faz com que as tatuagens sejam aceitas pela sociedade, ainda sim não é tão legal exibi-las no ambiente de trabalho, elas ainda remetem à rebeldia, boêmia, crimes, drogas, bebida...etc. Creio que irá demorar algumas gerações ainda para que tatuagem mude de campo semântico.



Conservando com meu chefe (que já esta com cabelos grisalhos, mas nem é tão velho assim), descubro que ele ficou sabendo das minha tatuagem através do Orkut. (tem as fotos delas lá e link para este blog e para o meu fotolog)

Veja só, você expõe parte de sua vida real em um espaço virtual aberto, nos blogs, flog, orkuts, etc. Na sua vida real você desempenha seus papéis e acha que seu chefe não sabe que você tem tatuagens, que seus amigos não sabem que você tem x responsabilidades no trabalho, que seu namorado não sabe o que você conversar com suas amigas dentro do banheiro feminino. A partir do momento em que você coloca um dialogo, uma imagem, um pedacinho da sua vida real na internet, todos ficarão cientes "daquilo que você faz quando eles não estão te vendo". E caso um conhecido venha comentar ao vivo o que ele leu no seu blog ou viu no seu fotolog, você sente exatamente aquele gelado no estômago de quando você era pré-adolescente e sua mãe ou amiga descobria que você era afim do fulano-de-tal-da-série-tal-do-seu-colégio (segredo mortal que só você e seu diário sabia).

Food for thought: Sociedade vs. Comunidade: a comunidade virtual é capaz de nos despir de nossos papéis sociais???

5.19.2005

Post Ctrl+c Ctrl+v

*enquanto meu Outlook destrava.

Acordei gramatical esta semana.

Recebido por email:

¨Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido,feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e Zapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa.

Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

Crédito: Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco - Recife), que obteve vitória em um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.

5.16.2005

Manifesto antigerundista

Lembre-se da seguinte regra gramatical:

O gerúndio NUNCA vem depois de um verbo no infinitivo.

Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando (recortar), estar imprimindo (imprimir) e estar fazendo (fazer) diversas cópias, para estar deixando (deixar) discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando (falar) sem estar espalhando (espalhar) essa praga terrível que parece estar se disseminando (disseminar-se) na comunicação moderna, o gerundismo.
Você pode também estar passando (passar) por fax, estar mandando (mandar) pelo correio ou estar enviando (enviar) pela Internet. O importante é estar garantindo (garantir) que a pessoa em questão vá estar recebendo (receba) esta mensagem, de modo que ela possa estar (esteja) lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta (se dar conta) da maneira como tudo o que ela costuma estar falando (falar) deve estar soando (soar) nos ouvidos de quem precisa estar ouvindo (ouvir). Sinta-se livre para estar fazendo (fazer) tantas cópias quantas você vá estar achando (ache) necessárias, de modo a estar atingindo (atingir) o maior número de pessoas infectadas por esta epidemia de transmissão oral.
Mais do que estar repreendendo (repreender) ou estar caçoando (caçoar), o objetivo deste movimento é estar fazendo (fazer) com que esteja caindo (caia) a ficha nas pessoas que costumam estar falando (falar) desse jeito sem estar percebendo (perceber). Nós temos que estar nos unindo (nos unir) para estar mostrando (mostrar) a nossos interlocutores que, sim!, pode estar existindo (existir) uma maneira de estar aprendendo (aprender) a estar parando (parar) de estar falando (falar) desse jeito.
Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo (seremos) obrigados a estar emigrando (emigrar) para algum lugar onde não vão estar nos obrigando (nos obriguem) a estar ouvindo (ouvir) frases assim o dia inteirinho.
Sinceramente: nossa paciência tem estado (está) a ponto de estar estourando (estourar).
Um "Eu vou estar transferindo a sua ligação" que eu vá estar ouvindo (ouça) pode chegar a estar provocando (provocar) alguma reação violenta da minha parte. Eu não vou estar me responsabilizando (me responsabilizarei) pelos meus atos. As pessoas precisam estar entendendo (entender) a maneira como esse vício maldito conseguiu estar entrando (entrar) na linguagem do dia-a-dia."

5.14.2005

O Barbudão

Tati, minha nova coleguíssima de trabalho ontem a tarde no telefone com um jornalista do Valor Enconômico que solicitava uma entrevista com o presidente da nossa empresa.

"Rui, você é um babudo aí da redação? Pq quando eu fui visitar vocês, me lembro de um barbudão (o tal do Rui responde) Legal! vc é o barbudão! (Tati dá um risadinha) Barbudão."

Anos de experiência com relacionamento com a mídia faz você chamar o jornalista de Barbudão.

Em comunicação só tem gente doida...

5.07.2005

Ontem, 18h00

And she felt like




a butterfly...

5.06.2005

Cibercultura??

A internet, a comunicação digital, são capazes democratizar ideías, criar finalmente a aldeia global etc etc.

Ai vc recebe o seguinte email assinado por um desconhecido:


UMA VISÃO BEM HUMORADA DO AMOR


O amor não é algo que te faz sair do chão e te transporta para
lugares que nunca vistes.
O nome disso é avião.
O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que escondes dentro de ti e não mostras para
ninguém.
Isso se chama vibrador tailandês de três velocidades.
O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que te faz perder a respiração e a fala.
O nome disso é bronquite asmática.
O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que chega de repente e te transforma em refém.
Isso se chama seqüestrador.
O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que voa alto no céu e deixa sua marca por
onde passa.
Isso se chama pombo com caganeira.
O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que tu podes prender ou botar pra fora de
casa quando bem ntender.
Isso se chama cachorro.
O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que lançou uma luz sobre ti, te levou pra ver
estrelas e te trouxe de volta com algo dele dentro de ti.
Isso se chama alienígena.
O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que desapareceu e que, se encontrado, poderia
mudar o que está diante de ti.
Isso se chama controle remoto de TV.
O amor é outra coisa."

"O amor é simplesmente... o amor."

Desconheço Autoria


e encontra este anúncio no Mercado Livre

Aposto que Pierre Levy não inclui esse tipo de conteúdo na cibercultura de sua aldeia global , digital, virtual, enfim....

5.04.2005

O tal do ócio

O tal do ócio

Você está parada na frente do pc, olhando para a caixa de entrada do Lotus Notes que não recebe nada novo desde às 11h44.

Enquanto isso está o seu emprego novo te esperando, e o RH da empresa atual ainda não liberou a sua saída! F$#@
Uma prova horrorenda de estatística te esperando às 20h00 e você ai olhado para a tal caixa de entrada porque a sua chefe atual está em uma reunião desde de às 8h00 da manhã e por isso ela não conseguiu parar para você avisá-la que tem q sair mais cedo.

F$#@!
Ócio?

5.03.2005

Papo de almoço

Estava contando para meus colegas de trabalho uma estranha mania que eu tinha quando criança.

“Nossa, você era louca!?”* – foi o que um deles comentou.

Enfim, a tal mania estranha era me fechar no famoso “quarto de babunça” do apartamento que eu morava (que depois passou a ser o quarto do meu irmão mais novo), ligar o som (provavelmente Balão Mágico ou Xou da Xuxa) e ficar girando envolta de mim mesma.

Ficava assim horas.

Mentira. Ficava assim tempo o suficiente para não saber qual direção tomar. Aí era uns encontros com a parede, porta do armário, sofá, com o balde de Lego, a casa da Barbie, até a hora em que eu pisava num boneco do Comandos em Ação e buscava o sofá desesperadamente para esperar a dor passar. “Ai! Ai! Ai!”

Era divertido, assim como mais tarde, na piscina da casa da minha avó, eu ficava um tempão debaixo d’água nadando de um lado para outro, assim, mergulhada mesmo. Cabalhotas, de pontra cabeça, fingindo que eu era um peixe e parada suspensa na água.

Caramba, hoje em dia eu não tenho um lugar para ficar girando e nem um tanque d’água para ficar mergulhada.

Para onde eu vou quando sentir de migrar para outro mundo?


*Era não, sou.

5.02.2005

Tem gente que escreve bem..

e tem GENTE que é foda de tão bem q escreve.

O Show

27 de abril de 2005 - Credicard Hall - São Paulo - Brasil
Quase meia-noite.
É normal que o público grite o nome de seu ídolo, chamando-o para o palco. Na pista do Credicard Hall só tinha o silêncio. Silêncio em termos, já que as pessoas conversavam, mas o olhos estavam fixos no palco que só tinha os roads de banda montando-o.
Tensão.
E o Placebo entra, e a massa começa a se movimentar loucamente. Brian sobe ao palco, a massa enlouquece.
Antes de quase ser fagocitada por ela, afinal eu tenho apenas 1,50m de altura, consegui ver a banda tocar os primeiros acordes de Taste in Man. Divino.

No meio da música decidi ir para o fundo da pista, e lá arranjei um metro quadrado onde eu podia dançar e pular à vontade.
Chorei feito uma criança ouvindo Withoout You I'm Nothing e quase me rasguei dançando Special K.



Dai o show seguiu, fenômenal. Cada nota, cada solo, a gaita de Protect from what I want. 20 years.
Special Needs. Todas causaram uma mistura de emoções em todos que estavam lá. Histeria.

"Na minha cabeça, o show ainda continua" - meu namorado.

Acho que não é só na dele.

Você não foi?? Só lamento.

Enfim, TOCA PLACEBO!