Estava contando para meus colegas de trabalho uma estranha mania que eu tinha quando criança.
“Nossa, você era louca!?”* – foi o que um deles comentou.
Enfim, a tal mania estranha era me fechar no famoso “quarto de babunça” do apartamento que eu morava (que depois passou a ser o quarto do meu irmão mais novo), ligar o som (provavelmente Balão Mágico ou Xou da Xuxa) e ficar girando envolta de mim mesma.
Ficava assim horas.
Mentira. Ficava assim tempo o suficiente para não saber qual direção tomar. Aí era uns encontros com a parede, porta do armário, sofá, com o balde de Lego, a casa da Barbie, até a hora em que eu pisava num boneco do Comandos em Ação e buscava o sofá desesperadamente para esperar a dor passar. “Ai! Ai! Ai!”
Era divertido, assim como mais tarde, na piscina da casa da minha avó, eu ficava um tempão debaixo d’água nadando de um lado para outro, assim, mergulhada mesmo. Cabalhotas, de pontra cabeça, fingindo que eu era um peixe e parada suspensa na água.
Caramba, hoje em dia eu não tenho um lugar para ficar girando e nem um tanque d’água para ficar mergulhada.
Para onde eu vou quando sentir de migrar para outro mundo?
*Era não, sou.
5.03.2005
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