No fim do ano comecei a prestar mais atenção na minha alimentação pois jurei de pé junto que iria seguir a sério das recomendações do tratamento de acupuntura que diagnosticou uma falta de energia Yang no meu corpo.
Sendo assim eu teria que:
-Cortar carne vermelha e evitar o frango (só os caipiras mesmo)
-Acabar-me nas saladas amargas (de rúcula, couve à temida chicória)
-Evitar as massas e pães finos, trocando tudo pelas massas cheias de fibras.
-Evitar leite de vaca, queijos de vaca, mas iogurte pode e deve.
-Soja e aveia eram alimentos que eu deveria comer mais.
-Fugir de bolachas doces (biscoitos para os leitores cariocas)
-Alías, fugir de doces.
-Sem carne de porco
-E feijão, só o preto.
Bom, essas eram algumas das recomendações. E vocês acham que eu estou morrendo de fome, né? Que nada! Descobrindo muitas coisas legais no mundo gastronômico que eu nem imaginava!
Por exemplo, uma boa salada não é alface, tomate, cenoura e queijo branco. Aliás, descobri que eu odeio alface. Ontem mesmo comi uma saladássa de folhar amargas que tinha rúcula, agrião, espinafre, alface roxa, chicória e couve. Para acompanhar coloquei mussarela de búlafa, queijo feta (queijo de cabra temperado com azeite e pimenta rosa), champinhon, palmitos e tomate. Ou seja, um monte de mato, mas um monte de coisa garfar e mastigar.
Para completar coloquei um molho de gengibre.
Lógico que eu tive uma experiência quase transcendental quando coloquei na boca, nem notar, uma folha de chicória com uma folha de rúcula e, escondida entre elas, uma pimentinha rosa. Foi nesse momento que eu me liguei que eu gosto de ter sensações diferentes no paladar a cada garfada. É uma aventura comer!
Quando você come em um bom restaurante mexicano, que o taco muda de gosto a cada mordida: gosto do frango, gosto do queijo, gosto da massa, gosto do coentro que tempera o frango, gosto da cerveja para tirar o ardido da pimenta, o ardido da pimenta, o gosto da guacamole, da cebola da guacamole, do tomate da guacamole.
No indiano, gosto do curry, da pimenta, do frango, dos legumes. No japonês: o gosto do molho shoyo quando você dissolve nele um tequinho de raiz forte.
Mesmo que você como pouco como eu, comer bem e gostar não significa se matar em uma picanha ao sal e ao alho. Ou no de sempre macarrão à bolonhesa.
Foto do Flickr do victo brito
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